Esta semana tive uma conversa que me deixou sem saber bem porque é que eu sou como sou, mas hoje já me passaram todas as dúvidas.
Uma amiga francesa esteve alegremente a tentar convencer-me que eu sou uma pessoa muito pessimista e que portanto, as coisas não me corriam bem na vida. Claro está que esta amiga não me via há quatro anos e tão pouco fez muito esforço para saber como é que eu tinha passado esse período de tempo. Mas garantiu-me a pés juntos que a minha vida me corria mal porque eu era pessimista e que a minha vida mudaria, tal como a dela se eu lesse o "Segredo" um livro que anda na moda e que já meio mundo leu.
Em primeiro lugar, o meu péssimismo não me permite acreditar que o "Segredo" seja a solução milagrosa para os meus problemas. Se eu pedir ao universo o Euromilhões, mesmo que jogue coisa que até não faço, só o ganharei se por um acaso tiver acertado na chave. Obviamente que se a pessoa no seu dia-a-dia tiver uma abordagem positiva perante a vida as coisas lhe correm melhor. Exemplo: se eu for a um restaurante, entrar e não cumprimentar as pessoas com um sorriso, existem fortes probabilidades de eu ser mal servida. Isto, porque toda a gente reage mal às trombas de outrém...
Em segundo lugar, aquilo a que a Douta francesa chama de pessimismo, eu chamo de realismo e não, não estou a falar de correntes literárias. Hoje em dia, no mundo em que vivemos em que metade do mundo está em guerra e a outra metade mete trancas à porta, a probabilidade de existirem conflitos é enorme. E convém sermos perspicazes com o que nos rodeia, não é uma questão de optimismo ou pessimismo, é uma questão de realidade.
Finalmente, confesso que fiquei perturbada pelo entusiasmo da francesa ante o livro, eu entusiasmo-me muito mais com os meus amigos que me contam/mostram coisas que me fazem de algum modo evoluir. No entanto, o meu grau de perturbação foi tanto que decidi por escassas horas viver numa onda de optimismo avassaladora e o resultado foi que fiquei sem saber se era taurina ou não, o que me deixou francamente perturbada.
Resta reafirmar a minha firme convicção no meu taurinismo e que ataques de optimismo per si, não voltaram a acontecer, afinal o Universo respondeu-me que não só não ganhava o Euromilhões, como ainda iria descobrir que há coisas que não convém saber para não azedar.
Aprendi a minha lição: "Sou taurina muito consciente desse facto e o meu ascendentezinho em escorpião aguarda o seu momento para poder ferrar o meu sentido de humor"
2 comentários:
E nós adoramos-te assim mesmo. O que me irrita solenemente as pessoas que de repente descobrem que a solução para todos os seus problemas se encontram num livro qualquer cheio de lugares comuns que qualquer ser humano normal, com um nível de inteligência média, sabe serem de conhecimento geral. No meio disto tudo a única coisa que posso garantir é ter pena, muita pena de não ter jeito para debitar meia dúzia de chavões em forma de livro e ficar rica. Sim, porque quem escreve estes livros é que descobriu o "Segredo" para a sua felicidade. E aumento da conta bancária também :-)
WOW ... sou taurina com ascendente em Leao, foi assim que descobri o blog, "googlando" sobre o assunto. Conheço muitas taurinas e taurinos. Mas achei tao doloroso esse desabafo. Acho que voce simplesmente se acostumou a ser assim por infinitos outros motivos e ser taurina seria sua melhor desculpa para não ter que expor aquilo que nem você quer saber. Eu realmente me acho taurina por motivos completamente inversos. Sou conhecida pelo meu positivismo e excesso de vida. Me sinto super taurina e muito consciente desse fato. Desculpa pelo meu desabafo. Mas como taurina, voce deve entender que defendemos sempre aquilo que acreditamos, logo, tive que comentar hihihi :o) Um beijo enorme na testa!!!
Enviar um comentário